"LER TAMBÉM ERA SEGUIR ASSIM, POR UM TÚNEL ESCURO, E CHEGAR, DE QUANDO EM QUANDO, A UMA PLATAFORMA ILUMINADA" (in Estórias de Ver e Andar de Teolinda Gersão)

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

RECRIANDO A PARTIR DA OBRA adozinda - DESAFIO D



Três alunos imaginaram ainda que, Adozinda e Zulmiro viajam no tempo, como Ana, João e Orlando, três personagens da colecção VIAGENS NO TEMPO de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada... Concretamente imaginaram os dois heróis de Sofia Ester n'O Ano da Peste Negra... inseriram-nos nesse contexto do século XIV português, respeitando as características da bruxinha e do seu amigo astrónomo. Leiam o resultado!


DEPOIS DE TERES LIDO ESTES TRABALHOS, DIZ-NOS QUAL MAIS TE AGRADA. DÁ A TUA OPINIÃO SEM ESQUECERES DE A JUSTIFICAR.




Mergulho no ano de 1348

- Sabes, ontem fui com a minha mãe ao Museu da Idade Média. - contou Adozinda, que estava a comer um gelado.
- E do que é que gostaste mais? - perguntou Zulmiro.
- Da história de São Jorge. Aquele homem era tipo herói de banda desenhada. Sabes do que é que eu gostava?
- Não.
- Era de pedir emprestado o cubo mágico de Ivandra e procurar esse homem.
- E porque não vais pedir-lhe? Olha, ela está a sair do supermercado!
Correndo como uma maluca, Adozinda atravessou a rua sem ouvir os gritos do Zulmiro, que lhe recomendava que prestasse atenção aos carros. Chegou sã e salva ao outro lado da rua. Adozinda finalmente conseguiu apanhar a velha bruxa que a acolheu com um sorriso.
- Adozinda! Há quanto tempo não nos vemos?
- Pelo menos, há mais de um mês! É pena que a Cidade de Ciências Ocultas esteja fechada!
- Pois, mas sabes bem que os nossos alunos precisam de férias!
- Eu sei.
- Com certeza que querias perguntar-me qualquer coisa. Vinhas a correr como uma maluca para falar comigo?
- Sim... olhe... eu queria perguntar-lhe se eu podia... não, se a senhora podia emprestar-me o cubo mágico...
- Adozinda! A última vez que tu pegaste nele, foste parar à pré-história!
- Quem é que lhe contou?!
- Rapariga! Sabes bem que eu sei tudo.
- Desculpe. Mas eu queria ver São Jorge a matar um dragão...
- São Jorge?
- Sim. Estou a fazer um trabalho sobre ele e...
- Está bem. Não insistas mais. Toma lá o cubo.
- Youpi! Muito obrigada!
- Vai lá encontrar São Jorge!
Entretanto, Zulmiro tinha chegado ao pé delas e tinha ouvido boa metade da conversa. Depois de se despedir de Ivandra, Adozinda pegou na sua vassoura e regressou a casa com Zulmiro.

Uma vez chegados a casa, Zulmiro pergunta:
- Então, vais experimentar?
- Sim, claro! - respondeu a bruxinha. Pegando no cubo, Adozinda pensou com muita força no lugar aonde queria ir e, de um momento para o outro, sentiu-se transportada por uma força invisível. Mas quando abriu os olhos, ficou surpreendida. Os campos estavam ao abandono e a cidade lá ao longe estava completamente suja. Não havia ninguém nas ruas. Não havia vivalma. Zulmiro estava com ela e de repente ficou aterrorizado.
- Adozinda! Temos de fugir daqui! Estamos em 1348!
- E então? Estamos no meio de alguma guerra?
- Não! É o ano da peste negra!
- O quê? Mas vamos morrer! - gritou Adozinda, mergulhando num choro desesperado.
- Não. Não fiques assim. Nós não vamos morrer. Mas em que é que pensaste quando tinhas o cubo?
- Na Idade Média. Porquê?
- Então o cubo escolheu uma data ao acaso!! Meu Deus!
Decidiram, então, começar por se desinfectar com vinagre. Tinham estudado aquele período da história. Rezaram muito e, pegando na coragem com as duas mãos, entraram na Lisboa de 1348.


jojolapin
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Adozinda, Zulmiro, Orlando, Ana e João estavam na Idade Média. Faltava um cravo para a máquina do tempo poder funcionar.
- Porque é que não vamos a um mercado ou algo do género? - perguntou a Adozinda.
- Porque estamos na Idade Média e, nesta época, os cravos não se podem encontrar nesses lugares. - respondeu Zulmiro.
- Temos de ir ver um ferreiro! - interveio Orlando.
- Onde é que vamos encontrá-lo agora? - quis saber o João.
- Deixa lá de fazer perguntas idiotas, ó João, vamos procurar! - respondeu a Ana.
E assim lá foram. Andavam à procura de um ferreiro sem saber onde poderiam desencantá-lo. Andando pela cidade, Adozinda ficou chocada com o número de pessoas que estava na rua: havia tão pouca gente!
- Porque é que está tão pouca gente na rua? - mais uma vez perguntou a Adozinda.
- É porque estamos no ano da peste negra, as pessoas estão com medo de sair e de ficar doentes.
- Porque é que as pessoas não tomam remédios?
Desta vez foi o Orlando que respondeu:
- Porque nesta época os remédios são muitos raros e quando existem só os ricos podem pagá-los. Mas agora devemos despachar-nos a encontrar um ferreiro porque a noite está a chegar!
Quando a noite caiu, eles bateram à porta de uma casa onde pediram para passar a noite. Mas foram despachados com gritos e ameaças.
- As pessoas são muito mal-educadas aqui! - exclamou a Adozinda.
- Não escolhemos o tipo de pessoas que a gente encontra. Assim é a vida! – disse o João com ar de filósofo.


alguém
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-Zulmiro, vem comigo!
-Onde é que vamos? - perguntou ele calmamente.
-Vamos visitar Nefertare e Ramsés II!
-Tens a certeza? - tremeu Zulmiro.
-Claro! - respondeu ela.
Adozinda tirou do bolso um relógio, colocou-o à volta do pescoço do Zulmiro e articulou:
-Volta para tras, tempo!
A paisagem desapareceu.
-Adozinda! Acho que você se enganou! - murmurou ele com impaciência.
Na frente deles surgiu um cadáver de criança e todo um cortejo chorando. Zulmiro aproximou-se e perguntou com respeito:
-Em que ano estamos?
-No ano da pesta negra! O senhor deve ser estrangeiro!? Fujam! Fujam! - gritou um homem ao longe.
-Bravo! Maravilloso… Adozinda! Como é que vamos fazer agora? - gritou Zulmiro.
-Não sei! Enganei-me na fórmula! - choramingou ela.
-Não faz mal! Se sobrevivermos, claro! - comentou o Zulmiro, tentando acalmar-se.
Eles continuaram a andar até encontrar uma horrível mulher sentada num banco.
-Meus jovens, mortos, tristeza e roubos. Que coisa lamentável! Mas você, bruxinha, não deve utilizar os seus poderes de qualquer maneira. Por causa da sua inconsciência você chegou a esta época da peste!
-Como é que a senhora me conhece? - perguntou Adozinda chocada.
-Eu posso te ajudar a voltar à tua época, se me prometeres não recomeçar de novo com as asneiras.
-Prometo! - respondeu Adozinda sorrindo.
-Dá-me o teu vira tempo, menininha! - ordenou a velhinha.
-Não sou uma criancinha! - indignou-se Adozinda.
-Silêncio! Você poderia falar se não tivesse feito essa besteira! - gritou a velha. - Zulmiro, cuida melhor dela!
-Agora se me permitem… Adeus! - Adozinda murmurou uma fórmula e…

-Zulmiro, voltámos para casa ! - riu Adozinda.
-Promete-me que não voltas a fazer o mesmo! Quase ia morrendo!
-Desculpa! Prometo que não volto a fazer outra asneira como esta! Mas não contes à minha mãe! - suplicou ela
-Está bem! Bom, já são 8 da noite! Vamos jantar ao restaurante
.

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RECRIANDO A PARTIR DA OBRA adozinda - DESAFIO C


No capítulo final, certos alunos imaginaram que, no último momento, Zulmiro não pode embarcar. Por que motivo? Como resolve o jovem a situação? Qual o papel de Adozinda? Claro que tinham de respeitar as características das duas personagens da obra de Sofia Ester.

DEPOIS DE LERES ESTES TRABALHOS, QUAL TE AGRADA MAIS? DÁ A TUA OPINIÃO SEM ESQUECERES DE A JUSTIFICAR.



Zulmiro estava pronto para pegar um táxi quando alguém toca à campainha.
- DRING, DRING, DRING.
- Zulmiro, sou eu, a Adozinda, abre!
- Já vou, Adozinda! Já vou.
- Nossa! Quase que fico lá na frente da porta! Você está pronto?
- Sim, sim. - falou ele meio aborrecido.
- Então vamos!
-Vamos?
Zulmiro não queria muito que Adozinda viesse com ele até ao aeroporto, mas como lhe havia de dizer isso?
- Sim, decidi não deixá-lo sozinho. Fiz minha mala... - explicou a menina muito ansiosa.
- Adozinda, não tenho tempo para brincadeiras. Vou ficar atrasadíssimo!!
- Entraram no táxi e lá foram eles, rumo ao aeroporto.
No carro, Adozinda era espoleta, não parava de mexer. Chegados ao aeroporto, depois de ter feito tudo o que é preciso fazer antes de embarcar...
- Desculpa, mas tu não podes vir comigo, Adozinda.
- Mas porquê?
- Porque é assim!
E Adozinda foi-se embora. Zulmiro embarcou contrariado, sem nenhuma vontade de fazer aquela viagem.
Entretanto, Zulmiro fica dentro do avião, mais de uma hora, sem que a viagem se iniciasse! O tempo passava e ninguém explicava o atraso. Já farto de esperar:
- Mas, o que aconteceu? - perguntou Zulmiro.
O comandante ainda não tinha explicado nada. Não podia ser Adozinda, pensou Zulmiro, ela não saberia quebrar um avião… pensava o jovem sem perceber o que estava a acontecer. De repente, todos os passageiros tiveram de sair do aparelho.
- Mas, o que estás a fazer aqui? - espantou-se o Zulmiro ao ver Adozinda do lado do trem de aterragem .
- Fui....eu...que....que quebrei o avião!!!! Eu estava à sua espera.
Zulmiro ficou muito aborrecido, mas não disse nada à amiga, sorriu apenas!
Adozinda ficou espantada com a reação do seu amigo. Estava feliz, mas ao mesmo tempo sabia que ele ia fazer algum comentário.
-Me desculpe, eu não deveria ter feito isso, Zulmiro.
-Eu é que peço desculpas, eu não queria falar assim com você!

Alguns dias depois, Zulmiro voltou ao aeroporto para embarcar rumo aos Estados Unidos. Desta feita Adozinda portou-se bem, não fez nenhuma das suas e despediu-se do amigo, infeliz e prometendo-lhe que estaria sempre ao lado dele em pensamento.

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Zulmiro e Adozinda chegaram ao aeroporto. Zulmiro levanta a cabeça para os televisores e o que viu?
- Não posso acreditar! - disse ele.
- O quê? O que foi? – perguntou a Adozinda.
- Olha! Voo Lisboa-Estados-Unidos ANULADO! - gritou o jovem, apontando para o televisor.
- Mas porquê? Anda, vamos perguntar e ver o que se passa.
A Adozinda estava triste pelo amigo... mas, se o voo estava anulado, ele teria de ficar ali. Que fixe! Quando chegaram às informações disseram-lhes que o avião tinha tido um acidente e que provavelmente, os bilhetes iam ser todos reembolsados. À frente deles havia muita gente desorientada, até havia quem chorasse... A Adozinda, para tentar animar o amigo, que parecia ter saído de um funeral, desatou a rir:
- Ah! Ah! Ah! Não faz mal, assim ficas comigo!
- É...- continuou o Zulmiro, que não estava a achar piada nenhuma.
- Eu sei que a escola nos Estados-Unidos é muito importante para ti e para o teu futuro, mas os bilhetes vão ser reembolsados e...- Adozinda não acabou a frase.
- Sabes que mais? Fico aqui!
- O quê? - perguntou a Adozinda, atónita com as palavras inesperadas do amigo.
- Sim, estavas com lágrimas nos olhos quando soubestes que me ia embora. Vou combinar algo com a tua mãe e fico a tomar conta de ti. Achas que ela aceitará?
- Ela tem de aceitar. Tu és o melhor, Zulmiro! - Deu-lhe um beijo e regressaram os dois a casa

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O Zulmiro estava sentado, à espera do avião. A voz do rádio anunciava vinte e duas horas e quarenta minutos. Havia já uma hora que ele estava à espera. Então Zulmiro, aborrecido, foi às informações. Atendeu-o uma jovem mulher que estava sempre a sorrir. Zulmiro acalmou-se quando a viu e começou a falar-lhe. De repente, uma cabeça conhecida surgiu por detrás da mulher: era Adozinda! O estudante ficou desapontado. A moça da informação ficou com medo, pois Zulmiro ficou branco como a neve. Então Adozinda veio ter com ele, rindo-se. Zulmiro perguntou então:
- Adozinda, o que é que estás a fazer aqui?
- Nada de especial, estou unicamente com a chave que abre a porta do local onde se pode controlar a electricidade.
- Zinda, não me digas que provocaste um corte de electricidade!? Assim o avião não pode descolar!
- Zulmiro, não quero que te vás embora! Por favor?!
- Adozinda! Como podes fazer isso? Eu também vou ficar com saudades tuas, mas tu não podes fazer isso, estás a ser muito egoísta...
- Está bem, desculpa Zulmiro! É que não gosto da ideia de ter saudades tuas! Mas vou arranjar tudo.
- E como? - perguntou Zulmiro desconfiado.
- Com a vassou....
- O quê?! Com a vassoura? Tu estás doente! São quase onze horas da noite e você quer ir de Lisboa até Nova Iorque numa vassoura?!
- É a única solução! – disse Adozinda, mesmo sabendo que Zulmiro tinha razão.
O Zulmiro não falava e Adozinda também não. A viagem no carro em direção da casa da bruxinha foi feita em silêncio. Chegaram lá e a única coisa que Adozinda disse foi:
- Desculpe!
- Vai, bruxinha, antes que eu me zangue! - disse Zulmiro, rindo-se.
- Obrigada, Zulmiro!
- Está bem! Mas promete-me que não voltas a fazer o mesmo.
- Juro-te! Foi a última vez!
- Zinda, vais ficar com saudades minhas...
- Porquê?
- Amanhã vou voltar ao aeroporto para apanhar um novo avião.
- Está bem, Zulmiro. - disse Adozinda com um olhar brilhante. O carro partiu e a Zinda começou a chorar. Vai ser difícil para a nossa bruxinha esta separação.

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Zulmiro, acompanhado por Adozinda, ia embarcar daí a menos de uma hora. Estava tudo preparado, e agora só lhe faltava despedir-se de Adozinda que era o mais difícil. A Adozinda tinha as lágrimas nos olhos, ia ter tantas saudades dele, ia aborrecer-se sozinha ali, com amigos e amigas da sua idade. Zulmiro despediu-se dela, triste e também um bocado ansioso por descobrir o novo país para onde ia. Ao despedir-se da jovem bruxinha prometeu mandar-lhe cartas. Era preciso um milagre para que o Zulmiro não se fosse para o estrangeiro. Ao subir as escadas do avião, o telemóvel de Zulmiro tocou e ele escutou a seguinte mensagem : o seu voo foi anulado por causa de uma tempestade. Agradecíamos-lhe que regressasse ao aeroporto daqui a quatro dias. Que decepção enorme, quando Zulmiro ouviu esta notícia que o obrigou a regressar a casa. Claro que a Adozinda ficou muito contente, mas escondeu a satisfação e disfarçou, fingindo que estava triste, como se aquilo a afectasse imenso.
Adozinda tentou organizar esse dia com Zulmiro para poderem ficar juntos e se divertirem. Zulmiro explicou-lhe que tinha alguns trabalhos a fazer para os quais precisava de bastante tempo, o que Adozinda não aceitou:
- O quê!? Só faltam três dias para tu te ires embora e só pensas em trabalhar? Nem penses!
Adozinda conseguiu o que queria, como quase sempre, e lá foram eles passear.
Dois dias depois, Zulmiro recebeu um telefonema do seu primo Carlos:
- Zulmiro,sou eu, o Carlos, olha , a minha mãe adoeceu muito esta noite e ela queria muito que viesses visitar-nos. Sabes, é uma doença grave e rara. Espero que venhas!
Zulmiro ficou branco como a neve com esta mensagem já que o primo morava muito longe. Adozinda, claro teve uma ideia e usou a sua vassoura que levou ambos rapidamente a casa do primo de Zulmiro porque não havia outra solução. Ao chegarem lá, Carlos perguntou a Adozinda porque não usava a sua magia para salvar a sua mãe. Zulmiro explicou que podia ser perigoso tentar curar uma doença desconhecida dessa forma, mas como Adozinda não pensava muito nas consequências das suas acções tentou e conseguiu, mas quase teve um ataque ao despender tanta energia. Carlos agradeceu muito a Adozinda e Zulmiro conseguiu apanhar o seu avião no dia previsto.

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No momento em que Zulmiro se despedia de Adozinda ouviu-se uma voz que fez que a jovem bruxa ficasse mais alegre:
- A viagem para os Estados Unidos não poderá ser efectuada por causa de um pedaço de metal enorme que se encontra dentro de um dos reactores e que não conseguimos retirar.
A Adozinda teve um sentimento estranho. Ela estava contente com o facto do Zulmiro ficar mais uns tempos em Portugal, mas estava também triste porque o seu amigo não podia tornar o sonho dele realidade: ir aos Estados Unidos e ver a Estátua da Liberdade! Zulmiro que estava ao lado dela ficou desesperado:
- Mas como é que vou poder fazer a minha viagem de estudo? O aeroporto está cheio de gente e eles não vão poder arranjar outro avião!
- Não faz mal, Zulmiro, eles vão encontrar uma solução! - respondeu Adozinda, para consolar o amigo. Este não ficou melhor, mas agradeceu a boa vontade de Adozinda. A bruxinha bem compreendeu que o amigo continuava triste. Então, foi pedir dois chocolates quentes que bebeu com o Zulmiro.
- Obrigado, Adozinda, és mesmo uma boa amiga!
- De nada, de nada…
E nesse preciso momento a jovem entorna o seu chocolate em cima da sua nova saia e começando a chorar porque a mãe iria matá-la.
- Ai, ai, ai, a minha mãe se vir isso… - e começou a chorar de novo.
Zulmiro, mais uma vez, consolou-a e prometeu que lhe compraria uma outra saia quando voltasse dos Estados Unidos. Depois, Adozinda insistiu tanto, tanto, tanto para o Zulmiro ficar a dormir em casa dela que o jovem ficou a pensar na maneira de não a desapontar. Nesse momento, uma voz, a mesma de há pouco, informava que só conseguiriam tirar o pedaço de metal no dia seguinte. Então, Zulmiro aceitou a proposta de Adozinda. Esta ficou tão contente que começou outra vez a chorar e o Zulmiro outra vez a tentar sossegá-la, como era seu hábito. A bruxinha e o amigo voaram na vassoura até à casa de Adozinda.

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RECRIANDO A PARTIR DA OBRA adozinda - DESAFIO B


Outros alunos imaginaram que Adozinda e Zulmiro estão em Paris e resolvem visitar o Museu da Idade Média (Hotel de Cluny). Eis a visita de ambos e algumas das conversas travadas.

DEPOIS DE LERES ESTES TRABALHOS, QUAL TE AGRADA MAIS? DÁ A TUA OPINIÃO SEM ESQUECERES DE A JUSTIFICAR.

Estavam a entrar no Museu da Idade Média quando uma jovem de belos olhos azuis e de cabelo claro os chamou:
- Bonjour, aujourd'hui une visite guidée vous est offerte. Est-ce que ça vous intéresse?
- Desculpe, mas nós não falamos francês. - explicou o Zulmiro.
- Vocês são portugueses? - perguntou ela.
- Sim, somos. - respondeu a Adozinda.
- Muito bem! Eu queria saber se vocês estavão interessados numa visita do museu?
- Claro que estamos! Não é Zulmiro?! – exclamou a Adozinda, puxando o amigo para a entrada da exposição.
- Bem, se queres ter uma guia gratuita, porque não?
- Obrigado Zulmiro, muito obrigado! - gritou a bruxinha.
- Bem, então venham comigo! - disse a jovem.
Mal entraram na sala da exposição, Adozinda exclamou:
- Que lindo! O que é?
- Nós chamamos a isso um dente de narval. - explicou a guia para a jovem admirada.
- É mesmo lindo! - concordou o jovem astrónomo.
- E o que é que é uma baleia narval? -perguntou Adozinda.
- É um peixe baleia! Quanto mais velho ele fica, maior o dente será. -explicou-lhe Zulmiro.
- É isso mesmo! - disse a guia de belos olhos.
- Este devia ser um velhote! - riu-se Adozinda.
- Não fales assim! - zangou-se o amigo.
- Está bem, eu só estava brincando!
E continuaram a visita.

Boby
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Numa manhã de Janeiro, Adozinda e Zulmiro estão em Paris e resolvem visitar o Museu da Idade Média. Estava com eles a Directora da Escola e o Professor de História que era muito simpático e que ria muito. Primeiro apanharam o autocarro e depois o comboio. Eles gostavam muito de andar de comboio, porque este meio de transporte abanava muito. Quando chegaram a Paris, à rua de Saint-Michel, olharam para o Museu com uns olhos brilhantes. Eles estavam muito contentes com esta visita ao Museu da Idade Média. À entrada, o Professor de História perguntou a uma linda senhora onde se podiam deixar as malas. Ela disse-lhes que se punham ao pé da parede, do lado esquerdo. Quando entraram no primeiro andar do Museu viram uma senhora vestida de preto: era a guia da turma! A visita começou então.
A jovem guia mostrou-lhes uma escultura onde o cavaleiro, D. Miguel, estava a matar um dragão .Um pouco mais à frente, mostrou-lhes as roupas de um outro cavaleiro. Adozinda achava isso tão bonito, tão magnífico que o seu entusiasmo contrastava com o do Zulmiro que não gostava muito de tudo o que se relacionava com a Idade Média. Mais tarde puderam apreciar uma tapeçaria grande, com umas cores lindíssimas. Viram igualmente uma espada mágica. Tinha a assinatura de um homem muito conhecido pela sua grande beleza. Mas Zulmiro e Adozinda nunca tinham ouvido falar dele.
Por instantes, Adozinda separou-se do grupo. Foi até junto dum guerreiro e ao tocar nele tudo caiu no chão. Como não tinha a sua vassoura, escondeu tudo a um canto, e regressou para junto do grupo. Estava com muito medo por causa do que acabara de suceder, mas a directora não tinha visto nada.
Voltando a integrar o grupo, pôde ver jogos das crianças na Idade Média. Ficaram com vontade de jogar a esses jogos, mas não podiam fazê-lo: Adozinda tinha muitas dores nos pés, já não tinha forças para andar. A guia abriu então uma caixa que tinha um grande tesouro e Adozinda fez cair tudo outra vez no chão. Conseguiu pôr a guia a chorar... Entretanto, e como se não bastasse, as dores que tinha nos pés levaram-na a sentar-se numa cadeira de madeira muito frágil… Mais uma vez se ouviu um PUM!! CATRAPOUM!! Um barulho insuportável aos ouvidos. A guia, agora,chorava e gritava e resolveu mesmo chamar a polícia. Saíram então todos do Museu. muito tristes, com toda a confusão gerada por Adozinda.

nono

domingo, 10 de fevereiro de 2008

RECRIANDO A PARTIR DA OBRA adozinda - DESAFIO A


Alguns alunos imaginaram que Adozinda, no final da obra, segue com Zulmiro no avião. A partir dessa hipótese, redigiram, num texto cuidado, um outro final para a obra de Sofia Ester. Tinham a obrigação de respeitar as características das duas personagens que conheciam pela leitura que fizeram da obra.
DEPOIS DE LERES ESTES CINCO TRABALHOS, NÃO HESITES EM ESCOLHER O TEU PREFERIDO. JUSTIFICA A TUA OPINIÃO!
A Adozinda seguiu o Zulmiro no avião sem que ele a visse. Quando o avião começou a voar, Adozinda foi para o pé do Zulmiro e sentou -se. Zulmiro ao vê-la espantou-se e perguntou imediatamente:
- O que fazes aqui? Não devias estar em casa?!
- Sim, mas…
- Bom, quando chegarmos à América, voltas outra vez para casa, eu pago-te a viagem! – interrompeu-a o Zulmiro - A tua mãe deve estar preocupada!
- Pára de te preocupar comigo, eu estou aqui para te dizer uma coisa!- explicou Adozinda.
- Só faço isso para o teu bem! - declarou Zulmiro - Mas então, já que estás aqui, o que queres dizer-me?
- Bem, quando nos encontrámos, a nossa relação começou mal, lembras-te? - perguntou a Adozinda.
- Sim! - respondeu o Zulmiro.
- Estava com a vassoura e tu numa mota. Depois começámos a ser amigos e, se calhar, mais do que isso… - disse a jovem.
- Continua! - ordenou ele.
- Sim. Ontem à noite, comecei a chorar e pensei: «Será que ele é o homem da minha vida? ». E decidi vir contigo.
- Não sei o que te responder, mas é melhor voltares para casa na tua vassoura!
- Não! - gritou ela.
Olharam-se os dois nos olhos e a Adozinda aproximou-se do ouvido do Zulmiro e repetiu-lhe o que dissera antes:
- És o homem da minha vida, Zulmiro!
Beijaram-se e a Adozinda continuou:
- Quero viver contigo na América uma nova vida!
- Está bem! Já que não posso fazer-te mudar de ideias… ! - assentiu o Zulmiro.
- Obrigado! Vamos poder dar passeios na vassoura e eu vou cozinhar, enquanto tu trabalhas! - disse ela.
- Está bem! Mas quero que telefones à tua mãe! – insistiu de novo o Zulmiro.
- Com certeza! - disse Adozinda.
E começaram a viver juntos sem querer, para já, ter filhos.

alexferrari

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Quando chegaram ao aeroporto, foram diretamente despachar as malas, porque Adozinda tinha trazido quatros malas grandes e gordas! Cada uma de sua cor: azul, laranja, amarela e outra com todas as cores do arco-íris! Já Zulmiro levava apenas uma mala bastante grande.
- Não sei por que você está levando tantas malas!? Não vamos mudar definitivamente de casa!! - exclamou Zulmiro que carregava três malas: a sua e as duas mais pesadas de Adozinda.
-Não reclame tanto, Zulmiro! Eu só peguei o necessário! Uma mala para cada estação: a azul para o inverno, a laranja para o outono, a amarela para a primavera e a colorida para o verão!
-Mas eu já falei que eu olhei a previsão do tempo na televisão! E eu já te disse que lá está quente!
-Nunca se sabe! E além do mais eu não confio nesses jornalistas que prevêem o tempo! Eles não são videntes para prever o que quer que seja!
Zulmiro riu-se. Fizeram o check-in e embarcaram no avião. Adozinda estava muito contente, adorava viajar de avião! E principalmente ir para Nova Iorque! Uma das cidades mais conhecidas do mundo!
-Estou tão ansiosa por chegar! Quero ir diretamente ver a Estátua da Liberdade! - exigiu Adozinda.
-Está bem... mas antes temos de passar no hotel para deixar as malas!
Adozinda, contrariada, concordou.
Algum tempo depois, começou a decolagem, e Adozinda gritou:
- Iupiiii! Nova Iorque, aqui vamos nós!!
Tomaram o café da manhã no avião e fizeram uma viajem que, « por acaso », foi um desastre!
Adozinda quis ir ao banheiro. Então, Zulmiro aproveitou para dar um cochilo. Quando, de repente, foi acordado por um choro... olhou para o lado e viu que Adozinda estava no chão. Perguntou-lhe o que tinha acontecido e ela explicou-lhe que tinha batido num homem. Entretanto, de tão furiosa que estava queria transformá-lo num sapo, mas Zulmiro impediu-a, e convenceu-a a ver o filme que se projetava nesse momento.
Estava o filme a terminar e o avião aterrava em Nova Iorque. Logo que recuperaram as malas pegaram um táxi e foram para o hotel.

babi

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Zulmiro tinha prometido a Adozinda que voltaria rapidamente da sua viagem. Adozinda ficou com uma cara triste e voltou para casa. Depois de longas horas, o telefone tocou:
- Alô? - respondeu ela meio triste
- Adozinda ?! Nem te reconheço pela voz ! É o Zulmiro!!
- O quê ?! Pensei que ainda estivesses no aeroporto! Já chegaste nos Estados-Unidos? -perguntou ela um pouco animada.
- Não... não vou hoje, vou ser amanhã! Como já não vou hoje, você quer passar o dia comigo?
- Eu... sim... quer dizer... não! Eu tenho uma coisa a fazer! Desculpa!
- Não faz mal! Quer me acompanhar no aeroporto amanhã?
- Claro que sim, eu quero! Mas agora tenho que ir! Tchau!
- Ado...
Adozinda pousou o telefone sem deixar Zulmiro terminar e os seus olhos iluminaram-se:
- Vou arranjar um plano para entrar neste avião! - disse para si mesma. Foi para o seu quarto e procurou o livro de magia para encontrar um sortilégio que lhe permitisse ficarinvisível. Claro que também fez bagunça no quarto inteiro! Após uma intensa busca, acabou para encontrar o livro e aí aprendeu o sortilégio que tanto procurava. Foi para a cama esperando, sorridente, o dia seguinte.

Ao entrar no aeroporto, Adozinda disse para Zulmiro:
- Não vou poder ficar aqui muito tempo, porque a minha mãe me quer em casa cedo!
- Não tem problema! Eu vou embarcar agora, então...Adeus!
- Sim...boa viagem!
Rapidamente, Adozinda foi para o banheiro e disse as palavras para ficar invisível, mas, claro, inventou outra palavra para ficar visível. Obviamente que essa palavra foi mal escolhida porque usou a palavra "àgua"! Zulmiroestava entrando no avião com o livro de astrologia na mão...e a Adozinda, invisível, atrás!!

A jovem entrou no avião com o Zulmiro e por pouco, espirrava à frente dele! (Imaginem a cena!) Quando o avião estava descolando, Adozinda esqueceu completamente que estava invisível e gritou a palavra "àgua" porque estava com sede e....ficou visível de novo!!! Espantado, Zulmiro gritou:
- ADOZINDA!!?? O que estás a fazer aqui?? Pensava que estavas com a tua mãe???
- Sim... não... escuta, eu ia ter saudades tuas! Eu não ia poder ficar aqui sozinha!!!Deixa eu ir contigo!!! - disse a Adozinda quase a chorar
- Está bem! Mas nada de burrices nem de magia! Fica QUIETA !!!!
- OBRIGADA mil vezes! Você é o meu melhor amigo! Deixa-me dar um beijo!!! (o Zulmiro limpou a cara com um lenço). Quem sabe vou poder fazer algumas piadas!!Vai lá! Vamos rir!!!!!!
- NÃOOOOOOOOOO!!!!! Porquê eu!!!!!!!!!!!!! - disse o Zulmio desapontado!

caro-cenoura

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Certo dia, Zulmiro anunciou a Adozinda que ela iria com ele para a América...
No dia da viagem Adozinda e Zulmiro estavam tão excitados que esqueceram as malas em casa! Entraram no avião sem dar conta desse esquecimento. Só quando chegaram aos Estados Unidos, ao irem buscar as malas, é que se aperceberam disso. Zulmiro e Adozinda procuraram e perguntaram no serviço da bagagem onde um funcionário, homem novo que devia ter os seus 25 anos, lhes respondeu:
- Meus senhores, eu, aliás, nós não temos malas em nome de Zulmiro e de Adozinda!
Foram então para a casa que Zulmiro tinha alugado e dormiram uma noite descansada, apesar do esquecimento das malas. Ao acordar, Adozinda resolveu ir ao mercado comprar comida. Antes de sair, olhou para Zulmiro que ainda estava a dormir, e deixou-
-lhe um papel na mesa de cabeceira dizendo onde tinha ido... Zulmiro acordou e viu que Adozinda não estava, levantou-se rapidamente e viu o recado:

« Zulmiro, não te preocupes! Fui ao mercado comprar comida. Beijinho. Até logo! Adozinda»

Zulmiro ficou aliviado... até que Adozinda chega instantes mais tarde, com o pessoal do mercado atrás dela a ralhar… e ela sem nada nas mãos a não ser a vassoura! Adozinda tinha virado o mercado de pernas para o ar!
- Que chatice, Adozinda! Fizeste outra vez algo aborrecido! Que aconteceu desta vez?! -interrogou-a sem paciência, Zulmiro.
- Nada, eu só queria comprar comida, mas quando estava na caixa para pagar havia uma senhora que me empurrou e passou à minha frente. Zanguei-me com ela, claro! - explicou a bruxinha, furiosa com o sucedido.
Zulmiro prometeu então ao pessoal do mercado que ia pagar os estragos causados para que o mercado pudesse recuperar da confusão gerada por Adozinda...
Passado um ano, Zulmiro comprou uma casa e Adozinda ficou a viver com ele. Era uma casa muito grande, parecia um castelo. Adozinda gostava muito dela... Anos depois, Zulmiro e Adozinda casaram-se e tiveram a alegria de receber a visita das suas famílias...

didoo

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Zulmiro e Adozinda estavam a caminho do aeroporto na vassoura mágica da bruxinha. Adozinda estava muito triste por Zulmiro ir para Nova Iorque, faria de tudo para que isso não acontecesse…
Quando chegaram ao aeroporto de Lisboa, esperaram uns quinze minutos e depois despediram-se. A determinado momento, ouviram uma aeromoça dizer ao piloto:
- Está faltando uma pessoa, não podemos decolar ainda!
O piloto exclamou:
- Eu sei! Mas já faz mais de uma hora que estamos esperando!
A aeromoça concordou e resolveu anunciar para todos os passageiros que iam começar a decolagem. Adozinda teve então uma excelente idéia: decidiu pagar a passagem e ir junto com Zulmiro.
Este último concordou plenamente e partiram juntos para os Estados Unidos.
Um ano passou antes de regressarem para Portugal.
Decidiram então casar-se e morar em Lisboa…

superma
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- Ó Zuzu, você pode me explicar agora porque nos levou aqui?
- Zinda, o meu estudo me obriga a ter que utilizar os nossos passaportes, muito em breve….
- Porquê? Vamos viajar nas férias?
- Não, mas a 15 de Setembro vou ter que fazer um estágio, eles me disseram que, se eu quisesse convidar uma pessoa importante para vir comigo, podia e pensei em você.
- E aonde vamos? A minha mãe sabe disso? Quanto tempo vamos ficar, Zuzu??
- Vamos para os Estados Unidos de América, eu acho que o meu estágio vai durar uns 6 meses… Não se preocupe com isso, tua mãe está sabendo de tudo. Agora, por favor, desce do carro! O nosso voo é daqui a 10 minutos!
No período da decolagem, a estudante de artes ainda perguntou:
- Miro, será que depois vai dar prá gente ver os planetas quando estivermos lá em cima?
- Não zinda, você nunca pegou avião? Bem, agora aperte o cinto por que o avião vai decolar.
Eles tinham pegado o voo da noite e a Adozinda, cansada depois dos exames, dormiu durante toda a viagem.

maminovas

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

ENTREVISTA A SOFIA ESTER






Durante o primeiro trimestre do ano lectivo de 2007-2008, a turma de 5e/7º ano da Secção Portuguesa do LI leu a obra de Sofia Ester, Adozinda. Os alunos tiveram igualmente a oportunidade de recolher informação sobre a jovem escritora portuguesa a quem formularam, em grupo, diversas questões. As respostas dadas pela escritora, em Dezembro de 2007, são a seguir publicadas. Boa leitura!



A – Questões em torno de Sofia Ester

1. Sempre quis ser escritora? Camila & Dylan
Não, o meu primeiro projecto profissional era ser feiticeira. Infelizmente, não existem na realidade escolas que ensinem a voar de vassoura mágica ou a controlar o tempo. Excluído este primeiro projecto profissional, optei por me dedicar à informática.

2. Quando é que começou a gostar de escrever histórias? Joana & Alicia + Caroline
Desde pequena, sempre gostei de criar e ilustrar pequenas histórias. No entanto, fazia-o, não porque existisse o projecto de me tornar numa escritora, mas simplesmente porque gostava. A Adozinda foi o meu primeiro trabalho a ter dimensão para se transformar num livro.

3. Porque quis começar a escrever? Constance + Caroline + Léa & Noémia
Não creio que se trate de uma opção. Eu gosto de escrever. Para mim, é uma necessidade, tal como respirar ou dormir.

4. Com que idade é que pensou em ser escritora? Naisna + Constance + Caroline + Michaël
Quando acabei de escrever a Adozinda, tinha eu quinze anos, achei que deveria fazer algo com o trabalho que tinha entre mãos. Foi então que surgiu a ideia de publicar. De início sentia-me bastante receosa. Valeram-me os incentivos dos pais, amigos, professores e do escritor Daniel Sampaio que, naquela altura realizou uma conferência na minha escola e que aceitou ler o livro de uma desconhecida. Como todos me incentivavam a continuar, acabei por ganhar coragem para contactar as editoras e, posteriormente, o livro acabou por ser publicado.
Aliás, acho que todos devemos tentar aproveitar o nosso trabalho. Todos os talentos, seja para cantar, para dançar, para jogar futebol, para a matemática ou para as letras não devem ser deixados na gaveta.

5. Quando é que escreveu pela primeira vez histórias para crianças? Frederico & Alexandre V.
A Adozinda foi publicada em 1995. Antes, escrevi outras histórias que nunca chegaram a ser publicadas.

6. Foi difícil começar a escrever? Caroline
Começar não foi difícil. Tal como muitas outras pessoas, escrevi a minha primeira história na Escola Primária, a pedido da professora. Na altura, tudo não passava de uma brincadeira. Hoje, sou muito exigente com a minha própria escrita e, por isso, é mais difícil.

7. É difícil escrever? Michaël
Sim, é difícil. É um trabalho onde se parte do nada, de uma página em branco.

8. Houve alguém que a tenha incitado a escrever (pai, mãe...)? Frederico & Alexandre V.
A minha mãe preferia que eu me tivesse ligado ao desporto. No entanto, ao constatarem que eu gostava de escrever, os meus pais apoiaram-me, mas para eles, o mais importante era a escola.
O incentivo dos meus amigos e professores também foi muito importante.
Outra pessoa que também muito me apoiou foi o escritor Daniel Sampaio, que aceitou ler o meu livro, mesmo sem me conhecer, e que me incentivou a continuar.
Caso o escritor Daniel Sampaio não me tivesse aconselhado a publicar, talvez eu nunca o tivesse tentado. É certo que os meus pais, amigos e professores também me encorajavam a tentar a publicação. Mas, como se tratavam de pessoas que gostavam de mim, eu receava que isso os impedisse de avaliarem o meu trabalho com objectividade.

9. Podia deixar de escrever para fazer outra coisa? Carine
Eu tenho outras actividades, para além de escrever. Escrever é uma delas, uma actividade essencial, mas não é a minha única actividade.

10. O que é que pensou quando escreveu o livro A Magia da Adolescência? Camila & Dylan
Quando escrevo, estou mergulhada na história. Sinto-me dentro daquele mundo à parte.

11. Por que é que quis escrever um livro a Luís de Camões e não a outro autor? Camila & Dylan
Porque o Luís de Camões é o mais romântico de todos os escritores. Infelizmente, ele nunca me respondeu.

12. O que é que a inspirou para escrever Carta de Amor a Luís de Camões? Bárbara & Alexandre O.
O próprio Luís de Camões, através da paixão que comecei a nutrir por ele durante as aulas de Português.

13. Porque gosta de Luís de Camões? Constance
Porque é um poeta genial, que levou uma vida corajosa e repleta de aventuras.

14. Qual o seu livro preferido? Porquê? Camila & Dylan + Léa & Noémia
Não existe um que seja o meu preferido. Acho que todos os livros são importantes, cada um de sua maneira. Todos eles nos ensinam algo de novo e nos abrem uma janela através da qual podemos ver o mundo de um modo diferente. Vale sempre a pena ler um livro.

15. Porque começou a escrever livros? Camila & Dylan
Porque gosto de escrever. Algumas pessoas cantam na banheira, outras dançam, outros jogam futebol e eu gosto de escrever.

16. As ideias para fazer um livro vêm instantaneamente? Camila & Dylan
Por vezes, as ideias surgem naquele estado brumoso entre o sono e o despertar. Outras vezes, aparecem durante um passeio ou durante uma conversa com um amigo. É complicado forçá-las, mas é necessário procurá-las. Por vezes, penso durante dias a fio que rumo dar a uma história e não consigo escrever nada que me satisfaça. Depois, um belo dia, de repente, uma ideia assoma à porta sem ter sido convidada. Nunca lhe recuso a entrada, seja qual for o momento.

17. Porque quis combinar dois mundos diferentes: o mundo da feitiçaria e o mundo actual num mesmo livro (Adozinda)? Camila & Dylan + Léa & Noémia
Combinei o mundo da feitiçaria com o mundo actual porque a realidade é tão complicada que muitos problemas parecem precisar de magia para serem resolvidos.

18. Precisa de calma ou de música para escrever? Camila & Dylan + Léa & Noémia
A calma é essencial. Prefiro escrever em silêncio.

19. Se não fosse escritora o que seria? Naisna
Tenho outras actividades para além de escritora. Dedico-me à Informática e também sou professora.

20. Qual dos livros que escreveu é o seu preferido? Naisna
Tal como os filhos, todos são importantes e únicos.

21. Porque gosta dos autores Daniel Sampaio, Alice Vieira, António Lobo Antunes e Eça de Queiroz? O que têm eles de especial? Bárbara & Alexandre O. + Caroline
São todos excelentes autores. É impossível não os apreciar.

22. Quanto tempo é preciso para escrever um livro? Bárbara & Alexandre O.
Os livros acerca da Adozinda demoraram, cada um deles, cerca de 1 ano a escrever.

23. Já tem uma outra ideia para o próximo livro? Pode dizer-nos algo sobre esse assunto? Bárbara & Alexandre O.
A Adozinda meteu-se em mais aventuras e problemas e, actualmente, estou a registá-las num novo livro.

24. Está a escrever algum livro neste momento? Léa & Noémia + Michaël
Sim. A Adozinda meteu-se em mais aventuras que são dignas de registo escrito.

25. Tem a intenção de criar um quarto livro com novas aventuras de Adozinda? Joana & Alicia + Caroline
Estou neste momento a trabalhar nele, porque a Adozinda não pára quieta e tem sempre novidades para me contar.

26. Actualmente prefere escrever livros para adultos ou continuar a escrever livros para jovens? Constance
A Adozinda está disposta a partilhar a sua história com todos os públicos. Talvez os jovens se sintam mais identificados porque ela também é uma jovem.

27. O que a inspira para escrever? Constance
O mundo que me rodeia é a minha principal inspiração.

28. Que conselhos daria a alguém que quisesse escrever um livro? Constance + Léa & Noémia
Que tivesse coragem e seguisse em frente. O pior que pode acontecer a uma história ou a um poema é ficar na escuridão de uma gaveta.

29. Pensa escrever mais livros? Sobre outro assunto? Carine
Sim. Neste momento estou a escrever outra história em que Adozinda é a protagonista. Mas tenho mais ideias para outro tipo de livros. Além disso, também irei publicar, brevemente, mais novidades relacionadas com a Adozinda no site http://sofiaester.pt/

30. Já visitou países estrangeiros? Carine
Já fiz algumas voltinhas pela Europa. Já visitei Paris e adorei. É uma bela cidade. Também fiz uma breve visita ao Continente Asiático.

31. Quais são os seus passatempos preferidos? Carine
Gosto de ler, escrever, passear e ver televisão.

32. É casada? Tem filhos? Carine
Aguardo o meu príncipe encantado…

33. A sua inspiração vem «assim» ou tem de pensar muito para encontrar as ideias? Carine
Encontrar boas ideias é difícil. Pode-se procurá-las dias a fio, sem se ter sorte nenhuma. Noutros dias, encontram-se verdadeiros tesouros.

34. Depois de ter escrito tantos livros, a história de Adozinda é a mais conhecida. É a sua obra preferida? Frederico & Alexandre V.
As obras são como os filhos. Uns tornam-se ricos e ilustres. Outros têm destinos mais humildes. Para a mãe são todos igualmente importantes.

35. Quando foi júri no Concurso dos Novos Leitores, alguma das obras em especial a interessou? Porquê? Frederico & Alexandre V.
As histórias que concorreram eram todas especiais e revelavam grande talento por parte dos seus autores. Infelizmente, o júri só pôde premiar um número reduzido delas.

36. Há algum escritor que a tenha inspirado? Frederico & Alexandre V.
Todos eles foram importantes. Posso destacar os seguintes: Eça de Queiroz, Daniel Sampaio, Gustave Flaubert, Condessa de Ségur, Alice Vieira, Saint-Exupéry, Francisca Fernandes, Lobo Antunes, entre muitos outros.

37. Gostaria de inventar um livro sobre a nossa turma? Léa & Noémia
Parece uma excelente ideia. Tenho a certeza de que a vossa turma tem muitas histórias divertidas para contar.

38. Quando escreve um livro, quantos rascunhos faz? Léa & Noémia
Muitos. Chego a encher cadernos inteiros com rascunhos.

39. Se pudesse escrever um livro com um dos seus escritores preferidos, quem escolheria? Léa & Noémia
Gostaria de poder trabalhar com qualquer um deles.

40. Como se sente quando escreve um livro? Léa & Noémia
Sinto-me dentro da história. Por vezes, chego mesmo a esquecer aquilo que me rodeia.

41. Se tivesse uma filha chamá-la-ia Adozinda? Léa & Noémia
Não, porque essa filha teria a sua própria personalidade, e eu iria gostar dela por aquilo que ela revelasse ser.

42. Já escreveu algum livro que não tenha tido sucesso? Michaël
Os livros são semelhantes aos filhos. Gosto sempre deles, mesmo que o seu sucesso nas vendas seja humilde.


Questões em torno de Adozinda

1. Quando é que pensou em escrever uma história de bruxinha? Camila & Dylan + Diana & Matheus + Léa & Noémia
A Adozinda nasceu quando eu tinha quinze anos.

2. Porque dedicou Adozinda aos seus Pais? Camila & Dylan + Léa & Noémia
Porque os meus pais sempre me apoiaram em todos os momentos bons e maus da minha vida.

3. Por que motivo Adozinda estuda Arte e não Feitiçaria/Magia? Camila & Dylan + Frederico & Alexandre V.
Porque a Adozinda estuda em escolas tal como as nossas. No entanto, no livro Adozinda e Zulmiro – A magia da adolescência surge uma Escola de Magia, dedicada a salvar as artes mágicas das brumas do esquecimento. Os meninos interessados poderão, em breve, inscrever-se nesta escola através da Internet, em http://sofiaester.pt/ , e aceder aos segredos da mais intrincada feitiçaria. A Adozinda e os outros feiticeiros estão a fazer todos os esforços para que a escola abra portas ainda antes deste Natal.

4. Por que motivo Adozinda é uma bruxa (e não outra coisa)? Bárbara & Alexandre O. + Léa & Noémia
A Adozinda tem uma vassoura mágica. Quem tem vassoura mágica não pode ser outra coisa a não ser bruxa.

5. Por que motivo Zulmiro não é feiticeiro? Camila & Dylan
O Zulmiro, também é feiticeiro, embora essa não seja a sua principal ocupação. O Zulmiro é astrónomo e passa a maior parte do seu tempo a desvendar os segredos das estrelas através do telescópio.

6. O que sentiu quando escreveu Adozinda? Camila & Dylan
Senti que tinha encontrado uma excelente amiga.

7. Como é que teve a ideia da história da Adozinda? Naisna + Bárbara & Alexandre O. + Joana & Alicia
A ideia da Adozinda surgiu num dia em que eu tinha de estudar para um teste de Química. Não tenho muito habilidade com as fórmulas Químicas e desejei que surgisse alguém que me desse uma mão nesta difícil matéria. A Adozinda, como feiticeira é exímia em Química.

8. Qual a personagem que mais gostou de criar? Naisna
Gosto de todas elas, mesmo daquelas que são malvadas.

9. Para escrever esta história inspirou-se na sua vida ou foi invenção pura? Naisna
Inspirei-me em alguns acontecimentos da minha vida, ou da vida daqueles que me rodeiam. Quanto à magia, foi invenção pura.

10. Se tivesse de mudar algo em Adozinda o que seria? Naisna
Não mudaria nada.

11. Preferia a sua vida antes ou depois do sucesso de Adozinda? Naisna
A minha vida não se alterou por causa da publicação do livro. Simplesmente, passei a poder contar com uma nova amiga muito especial, a bruxinha Adozinda.

12. Porque criou Zulmiro sem defeitos? Naisna
Mas ele tem defeitos!... Procurem bem… Não sou eu que os vou apontar…
O Zulmiro é uma excelente pessoa, mas não é perfeito.

13. A Adozinda critica bastante a sociedade em que vive. Partilha realmente essas
críticas que pôs na boca da personagem?
Naisna
Algumas partilho, e outras não. A Adozinda tem uma personalidade muito diferente da minha.

14. Porque criou uma protagonista tão desajeitada? Naisna + Léa & Noémia
A Adozinda não tem medo de errar. Essa característica, aliada à sua inexperiência e à sua idade podem fazê-la parecer desajeitada.

15. É pura coincidência ou é de propósito o facto da Adozinda ter a mesma idade
da Sofia Ester quando começou a escrever?
Naisna + Joana & Alicia + Michaël
Não, não é uma coincidência. Naquela altura eu tinha quinze anos e criei uma amiga que tinha a mesma idade que eu.

16. Onde é que foi buscar os nomes de Adozinda e de Zulmiro? Naisna + Joana & Alicia + Constance + Caroline
Adozinda é o nome de uma personagem de um conto que eu li durante a minha infância. Trata-se de um nome pouco vulgar que combina com a profissão da Adozinda, feiticeira, que é igualmente uma ocupação rara. O nome de Zulmiro começa por Z porque, em grande medida, ele é o oposto da Adozinda, cujo nome começa por A. A distância entre as letras simboliza a diferença entre as duas personagens.

17. Por que é que Adozinda é uma bruxa? Caroline
Porque eu própria gostaria de ter sido uma bruxa.

18. Por que é que ninguém acha estranho que Adozinda seja uma bruxa? Bárbara & Alexandre O.
O que as pessoas deviam achar estranho eram os engarrafamentos, a poluição, a pobreza assim como outros males do nosso mundo. Uma bruxa não é um facto estranho, comparado com tudo isso.

19. Por que é que Adozinda é tão diferente da mãe? Bárbara & Alexandre O.
Muitas vezes, os pais gostariam que os seus filhos fossem parecidos com eles, e isso não acontece. O mesmo sucedeu à Adozinda. Ela é uma rebelde. A bruxinha tem, no entanto, muitas parecenças com a avó materna, da qual herdou os poderes mágicos.

20. Por que motivo Adozinda muda de casa? Bárbara & Alexandre O.
Por agora, ela ainda não mudou de casa.

21. Por que motivo Adozinda não viaja no final com Zulmiro? Bárbara & Alexandre O.
Porque é uma menina muito ocupada, com a sua própria vida e sem tempo para andar a correr atrás de outros.

22. Por que motivo Adozinda vive em Lisboa? Isso tem a ver com a sua vida? Bárbara & Alexandre O.
Sim, na altura eu também vivia em Lisboa. A Adozinda era, desse modo, minha vizinha.

23. Quem é que imaginou Adozinda fisicamente? (cf ilustração da obra) Bárbara & Alexandre O.
Fui eu. Também gosto de desenhar e faço o que posso com os lápis e pincéis. Devo dizer que a Adozinda é bem mais bonita do que aquilo que os meus modestos talentos artísticos conseguiram transmitir.

24. Por que motivo no livro nunca se fala sobre o pai de Adozinda? Bárbara & Alexandre O.
Ambos os pais da Adozinda viajam muito devido a motivos profissionais. Na altura dos acontecimentos relatados no primeiro livro, por acaso, era a mãe que estava em casa.

25. O livro Adozinda está traduzido para outras línguas? Bárbara & Alexandre O.
Em breve, irá surgir uma tradução no site da Adozinda.

26. Quanto tempo levou a escrever Adozinda? Joana & Alicia
Cerca de um ano.

27. Adozinda e Zulmiro estão apaixonados um pelo outro? Joana & Alicia + Michaël
Hum, será?... Nos próximos livros, pode ser que os consigamos fazer responder a essa questão. Os assuntos do coração costumam ser secretos.

28. Adozinda era para Zulmiro apenas uma amiga? Ou o Zulmiro sentia alguma
coisa por ela?
Diana & Matheus
Isso só o Zulmiro sabe. Não vou desvendar a privacidade dele.

29. Parece que ser bruxa (no livro) é banal. Porquê? Joana & Alicia
Ser bruxa é uma profissão como as outras.

30. Qual é a sua personagem preferida? Joana & Alicia
Gosto de todas.

31. Quis reflectir o seu carácter no carácter de Adozinda? Joana & Alicia
Não. A personalidade da Adozinda é muito diferente da minha. Gostava de ter os mesmos poderes da Adozinda, mas infelizmente não tenho.

32. A sua personalidade é parecida com a personalidade de Adozinda? Frederico & Alexandre V. + Léa & Noémia
Somos muito diferentes.

33. O facto de Zulmiro estudar Astronomia tem por objectivo permitir ao personagem movimentar-se pelo mundo da magia? Joana & Alicia
O Zulmiro é um astrónomo, tal como os astrónomos que existem no mundo real. O Zulmiro não obteve os seus conhecimentos mágicos através da Astronomia, que é uma ciência. Num próximo livro, ele partilhará com os leitores a forma como entrou em contacto com a feitiçaria.

34. Foi o facto de se movimentarem pelo mundo da magia que aproximou
Adozinda e Zulmiro?
Joana & Alicia
O facto que aproximou a Adozinda do Zulmiro foi o acidente que a primeira causou ao segundo. A partir daí, foi a personalidade dos dois personagens que os tornou amigos. A magia é um interesse que ambos partilham.

35. Neste livro queria pôr em evidência os conflitos da adolescência ou a
cumplicidade entre Zulmiro e Adozinda?
Constance
Ambos.

36. O carácter de Adozinda vem de uma pessoa que conhece ou foi inventado? Constance
É inventado. Não conheço ninguém que seja como a Adozinda.

37. Porque lhe interessou criar uma protagonista bruxinha em vez de uma
protagonista normal?
Constance
Sempre gostei de bruxas. Também sinto solidariedade por elas. Nos contos tradicionais infantis são sempre as más. Transformam o príncipe em sapo e põem a princesa a dormir. Além disso, costumam ser feias e com verrugas no nariz. A Adozinda, pelo contrário é uma feiticeira competente, bonita e simpática. Espero que ela possa fazer alguma justiça à habitual imagem da bruxa malvada. É injusto e preconceituoso que apenas as fadas sejam de boa índole.

38. A Adozinda vivia no mundo real e era uma pessoa especial (bruxa)? Ou vivia
num mundo imaginário onde é normal ser-se bruxa?
Constance + Michaël
A primeira hipótese é a correcta. No mundo da Adozinda, a magia corre o risco de desaparecer. A bruxinha é uma das raras pessoas que ainda pratica essa arte antiga.

39. Porque quis dar continuidade ao livro Adozinda? Constance
Porque a Adozinda está sempre a meter-se em novas aventuras e sarilhos e eu sinto a responsabilidade de passar essas peripécias a escrito.

40. No momento em que Zulmiro vai para a América Adozinda ficou muito triste.
Será que estava apaixonada?
Diana & Matheus
Efectivamente, ficou muito triste. Não posso revelar se estava ou não apaixonada. Se ela soubesse que eu tinha desvendado esse segredo, decerto ficaria muito zangada comigo. Os assuntos do coração exigem a máxima discrição.

41. Adozinda sentia falta dos seus pais que trabalhavam muito e que quase nunca
via?
Diana & Matheus
Sim, sente falta deles. Mas o facto de passar muito tempo sozinha também a ajudou a tornar-se mais independente.

42. Por que motivo os pais de Adozinda estão sempre ausentes e não dão apoio à
protagonista?
Caroline
Porque, por motivos profissionais, são obrigados a viajar muito.

43. Na sua infância aconteceu alguma história semelhante à de Adozinda? Diana & Matheus
Não, nenhuma. Mas gostaria muito de conhecer uma feiticeira de verdade.

44. Em que se inspirou para escolher o título? Diana & Matheus + Carine
O título do livro é o nome da personagem principal.

45. Zulmiro acaba por regressar da sua viagem ou não? Diana & Matheus
Para descobrir, têm de ler o livro seguinte.

46. Os seus pais também trabalhavam como os pais de Adozinda? Diana & Matheus
Sim, também trabalham. Nesse aspecto, eu e a Adozinda somos semelhantes.

47. Adozinda encontra Zulmiro num acidente. E a Sofia Ester já encontrou
alguém dessa maneira?
Diana & Matheus
Não. Ainda não…

48. Escreveu este livro para mostrar a sua infância? Diana & Matheus
Não. A minha infância é diferente da da Adozinda.

49. A história de Adozinda foi um capítulo da sua vida? Caroline
Não, não foi.

50. A personagem de Adozinda tem algo em comum consigo? Caroline
Ambas gostamos de magia. Só que a Adozinda é mesmo uma feiticeira, enquanto eu sou uma pessoa comum. À parte disso, somos muito diferentes.

51. Porque criou Adozinda cheia de problemas? Caroline
Os adolescentes são repletos de problemas. A Adozinda, como pessoa complexa que é, não foge a essa regra.

52. A sua história acaba por se basear sobretudo na vida real e a «bruxaria» torna-se um detalhe. Porquê? Caroline
Talvez porque a vida real é muito importante e incontornável.

53. No começo do livro Adozinda é uma bruxinha e depois isso passa para
segundo plano e fala-se mais da relação que tem com Zulmiro. Porquê?
Michaël
A história aborda muitos pontos diferentes. No final, a amizade com o Zulmiro torna-se mais importante porque ambos vão estar separados durante algum tempo.


54. Gostou de escrever Adozinda? Caroline
Foram momentos muito felizes na minha vida.

55. Porque escolheu um fim de história assim tão triste? Carine
Não creio que seja triste. O Zulmiro parte para um estágio, no estrangeiro, onde irá aprender muitas coisas novas. E a Adozinda vai divertir-se numa viagem à Europa.

56. Há alguma razão especial para que a bruxa se chame Adozinda? Frederico & Alexandre V.
Adozinda é um nome pouco habitual porque a ocupação da personagem é também pouco habitual.

57. Ao longo da história queria dar a entender aos leitores que nascera uma
grande amizade ou um grande amor entre Adozinda e Zulmiro?
Carine
Isso só eles podem desvendar.

58. Por que motivo quando Adozinda voa na sua vassoura ninguém fica chocado?
Até parece normal haver uma bruxa numa cidade!
Carine
Acontecem tantas coisas estranhas nas cidades modernas. Uma bruxa não é assim tão chocante.

59. Que idade tem hoje a Adozinda? Carine
Tem dezasseis anos.

60. Alguém ou algum momento na sua vida a inspirou para escrever Adozinda? Frederico & Alexandre V.
Não. A Adozinda é inventada.

61. Pediu ajuda para escrever este livro? Léa & Noémia
Não.

62. Por que motivo publicou este livro dois anos depois de o ter escrito? Léa & Noémia
Porque a publicação é um processo muito demorado. Além disso, eu era simplesmente uma jovem sem quaisquer créditos no mercado e demorou algum tempo até encontrar um editora que decidisse apostar no livro.

63. Por que motivo Adozinda é a personagem principal? Léa & Noémia
Porque ela é a personagem mais ousada.

64. Porque escreveu este livro para jovens e não para adultos? Léa & Noémia
Os adultos também são bem vindos ao mundo mágico da Adozinda. As portas estão abertas para todos.

65. Adozinda é uma pessoa real ou uma personagem inventada? Léa & Noémia
É inventada.


66. Porque fala tão pouco de magia neste livro? Léa & Noémia
A Adozinda é ainda muito jovem e ainda se iniciou há pouco tempo na difícil arte da magia. Nos próximos livros o relacionamento da personagem com a magia irá intensificar-se.

67. Porque não criou uma irmã ou um irmão para Adozinda? Léa & Noémia
Por agora ela é filha única. Mas ainda está a tempo de ter irmãos. Talvez nos próximos livros.


Entrevista feita por correio electrónico - Dezembro de 2007